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Made in Excertos de um Livro por Escrever

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A quem não me conhece, sou do signo peixes, o que significa que sou uma pessoa quente, emotiva, apaixonada, dramática mas devota em tudo que faço e digo, pelo menos é essa a descrição do signo peixes, que combina perfeitamente comigo. A quem não me conhece, prazer, eu sou apaixonada pela vida, sou o 8 e 80, ou eu gosto muito de alguém ou eu não gosto de todo, não consigo apenas gostar de alguém, acabo sempre por me dar mais do que devia e acho que é por aí que as coisas, muitas vezes, acabam mal. 
E foi assim que aconteceu entre nós, não concordas? 
Esta será a parte mais importante, esta será a parte que quero que prestes mais atenção porque esta é a parte em que após estes dois anos separados e após vários factos constatados, (em que alguns te agradeço, outros agradeço-me), existe um em especial que eu preciso que estejas mais atento.
Um dos factos que eu constatei com o tempo é que tu foste o maior, o mais incontrolável, o mais doloroso, o primeiro grande amor da minha vida e o outro facto é - de que é que isso me serviu?
Eu amei-te da maneira mais descontrolada, mais insólita, amei-te da maneira mais intensa que algum dia vou poder, que vou conseguir, que me vou permitir amar alguém. Porquê? Porque é doentio, é triste, é mesmo doloroso. Então é isso, tu foste o primeiro amor da minha vida, tu foste o meu grande amor.
Não diz o ditado popular que nunca ficamos com os nossos primeiros e grandes amores? Se é assim que o ditado diz, eu assino por baixo. 
Mas queres saber? Ainda bem que o destino não me reservou com o meu primeiro amor, ficar contigo.
Aprendi muito com a nossa relação, contigo, com os meus erros principalmente, mas mesmo que assim não fosse, ainda bem que não ficamos juntos. Apesar de ter havido os três elementos principais para uma relação dar certo, (a matemática, a física e a química), ainda bem que não deu.

Foi graças à relação que tinha tudo para dar certo ter falhado que eu o conheci.

O meu melhor amigo, o meu companheiro, o meu parceiro, que me ouviu falar de ti vezes e vezes sem conta, que assistiu ao fim da nossa relação, que acompanhou toda a situação de perto, que me obrigou a contrariar-me quando eu só queria ir para casa chorar, que me aconselhou, que me fez pensar, que me amparou quando eu caí, que me deu força quando eu quis voltar com a minha decisão de terminar tudo, que esteve comigo firme e hirto sem hesitar, sem abandonar, sem fazer parecido ou semelhante, o Homem que tomou conta de mim quando eu tomei a decisão mais difícil da minha vida.

Quando decidi que para ser feliz com ele, com o Homem da minha vida, eu precisava de te guardar numa gaveta bem funda e profunda, trancar-te e deitar fora a chave, ele assumiu a postura mais madura e humana que eu já vi - "Apesar de nunca ter passado por isso sendo mais velho que tu, eu entendo-te e quero que saibas que quero que faças o que tiveres a fazer para o ultrapassares." - e foi ai que eu me apaixonei por ele, sem sequer querer ou me aperceber. 

Tu não passas de um sentimento intenso e duro arrumado numa gaveta para acumular pó enquanto ele será para sempre o Homem da minha vida.

Não deixo de querer ser tua amiga, era tudo o que a nossa história merecia, e não vou deixar de por o teu nome a um filho meu, de lhes contar a nossa história, não vou nunca esquecer o teu numero de telefone, ou do teu aniversário, não me vou esquecer da tua musica favorita nem do nome de todos os elementos da tua família, mas é apenas isso. Tu és história. E se a nossa história nunca tivesse existido e nunca seria capaz de o reconhecer como o Homem da minha vida. 

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O começo do desfecho de "Excertos de um Livro por Escrever"