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A mostrar mensagens de junho, 2019

MARIA EDUARDA Provavelmente este será dos poucos textos, senão o único, que irei escrever sobre esta pessoa. Eu não falo muito sobre ela, se falasse ninguém iria perceber o estrago que ela fez em mim. Os amigos também ferem. Ela era a minha melhor amiga, eu amava-a como se ela fosse do meu sangue, como se ela fosse minha irmã, aliás, eu talvez lhe tenha dito isso algumas vezes. Não, a Maria Eduarda não morreu. Conhecemos-nos no décimo ano. Eu gostei da maneira dela ser mal a vi, o nariz empinado, as expressões faciais tão claras quanto as minhas, o riso ridículo dela e quando eu gosto de uma pessoa à primeira impressão raramente me engano, a Maria Eduarda não era para ser uma das excepções, que na verdade não foi durante alguns anos. Nunca fomos muito próximas durante o tempo em que ela andou na escola, mas sem explicação quando ela saiu da escola para ir viver para o meu país de sonho, a nossa relação melhorou muito. Chegou a um ponto que eu via a Maria Eduarda todos os

Isabel Faria, 22 anos, Santo Tirso Auto-biografias nunca foram o meu ponto forte. Gosto de falar sobre mim com pessoas que conheço, pessoas que me transmitam confiança, com os meus amigos mas em textos faz-me um bocado de confusão, devo admitir. A minha vida certamente daria um filme dos bons, no entanto, o livro soa-me mais dramático, adoro bons dramas, por isso de vez em quando até dou por mim a rir-me com alguns na minha vida. Desde pequena que sempre gostei muito de escrever, aliás na escola primária tive uma professora que disse à minha Mãe numa reunião de final de período (de outra forma a minha Mãe não seria chamada à escola, nunca tive problemas com mau comportamento ou aprendizagem, coisa que certamente deixará muitas pessoas que me conhecem surpreendias, afinal as aparências iludem) que eu era uma criança com uma imaginação muito fértil para a idade, que escrevia muito bem e que teria futuro, só teria que me dedicar. Na altura a minha Mãe deve ter ficado muito