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A mostrar mensagens de setembro, 2018

Não queria ter mudado nada nele. Tinha cheiro a Primavera, a árvores despidas, pétalas acabadas de cair dos ramos, tinha cheiro a conforto mas também a confronto, com quem não sabia mas rápido descobri que era um confronto comigo mesma, como se fosse um espelho, um prisma, todas as minhas acções tinham um reflexo nele que de alguma maneira voltavam para mim, como Karma mas diferente.  Era simples lidar com ele, embora ele dissesse que não, de uma certa forma, para mim, sempre foi fácil lidar com ele. Todas as estações do ano juntas não conseguem explicar como a cabeça dele funcionava. Ele era ansiedade, era cansaço, era filosofia dispersa, era dor, era tranquilidade na voz, desassossego no trimelicar da perna, era fogo no respirar, uma morte por afogamento em sentimentos, era calor e frio, ao mesmo tempo, era tudo o que corria nas veias dele. Tudo bem, sempre gostei de tempestades mesmo quando estava debaixo delas, porque a chuva molha, faz-nos sentir desconfortáveis dentro da noss