Faz uma semana que não falamos. Hoje sinto muito a tua falta mas não fui capaz de te ligar. Já não consigo chorar sabias? Só dói. Acho que já me habituei ao quanto dói. Eu sei que ainda me vês de longe e sei que não é verdade ... sei que eu só quero acreditar que não signifiquei nada para ti, pode ser que seja mais fácil. 

Disseste que eu te ia esquecer fácil mas de fácil e rápido não está a ser nada. 

Sei que me vês a sorrir, a sair, sei que me vês com o meu melhor vestido e maquilhagem, sei que me vês rodeada de pessoas mas não sabes o quanto finjo, o quanto não me estou a divertir, o quanto não é verdade porque, meu amor, faltas tu! 

No fundo do meu peito dorido, ainda mora esperança, a esperança de ti. Ainda mora em mim mais uma oportunidade mas não posso. Falta-me amor, amor a mim. Amar-te passou a ser uma ameaça a esse amor, passou a ser perigoso dizer-te como me sinto e que ainda estou aqui. Cá estamos nós, meu amor, neste jogo ridículo do gato e do rato em que nenhum dos dois ganha, nenhum é feliz nem se sente completo...

Eu já devia ser muito boa nisto, nestas despedidas ingratas em que não sou amada na medida que mereço. Continuas com cheiro de (in)diferença, de lição, de aprendizado, de felicidade, de perda, de tristeza e de sorriso verdadeiro... ainda cheiras aquele perfume que eu adoro, ainda tens o teu cheiro, peculiar, quando acordas, em mim. Ainda te tenho tanto em mim e eu que quero tanto arrancar-te de mim... 

Espero que estejas bem. Ontem o meu peito apertou, tu não estavas bem. Não sei, não sei se tinha razão. O orgulho meu amor, ai o orgulho ... já soube tanto de ti e agora, não sei merda nenhuma, que vida ingrata esta, que nos dá com muita força, o amor com que tanto ansiávamos e com a mesma força nos tira tudo.

Sou perdida de amores por ti. 

I.

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