Made in Excertos de um Livro por Escrever

(...)

Rendi-me ao clichê do "amo-te", de te dizer todos os dias o quão importante és para mim, do "tenho saudades tuas", também me rendi ao que era mais fácil, mas clichês são tão bons de ouvir, eu gosto tanto de ouvir clichês, só que nunca te cheguei a perguntar se gostavas de os ouvir. 
Esta noite, acho que mereces mais. Hoje vou declarar-me a ti, sem clichês . 
Somos uma combinação perfeita entre o exagerado e o contido, sendo eu o exagerado e tu o contido. Aprendi isso contigo, ser contido não é mau, é só uma "qualidade" a contornar. Se me perguntarem se custa sentir-te longe de mim sempre que eu precisava de um abraço forte ou de um carinha na cara, eu não negaria, eu diria que custa, mas acrescentaria que isso não faz de ti um Homem mau ou um Homem ausente, eu diria que se fosses um tal que chorava a toda a hora eu pôr-te-ia fora da porta no primeiro segundo porque eu preciso de força, eu preciso de um Homem assim, forte e duro, que precisa de muito para ir abaixo e se afundar como um barco. No entanto, curiosos sobre a nossa história, iriam perguntar-me se eu não sentia falta de um Homem carinhoso e cuidadoso com o que sinto e penso. A minha resposta seria concisa:
"Para quê dar importância ao meu drama genuíno e alimentar o meu feitio mimado, insatisfeito e chato? Ele faz o que nenhum, antes, teve "tomates" para fazer e vejam só onde ele está e para onde todos os outros foram ... Ele é diferente e o diferente atraí-me mesmo que seja só pelo desafio de acordar todos os dias e tentar descongela-lo." 
Então ouve bem meu amor:
Eu vou amar-te com todos os meus batimentos cardíacos a que o meu coração ainda terá direito, eu vou amar-te quando me deres muitos motivos (mas nunca os suficientes para eu me afastar e ir embora) para eu te abandonar, eu vou amar-te, assim incondicionalmente porque tu foste o único até agora que soube lidar comigo, que me soube ensinar alguma coisa que não através do carinho em excesso que sempre acabava por estragar tudo, o único que não me ajudou nem ensinou a crescer mas obrigou. 
Isso nunca será mau, porque meu amor, eu devo-te tudo aquilo que consigo ser agora, tudo aquilo que consigo ser agora é tua e amar-te, assim, perdidamente, foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida. 
Eu vou gostar de ti sempre.
Afinal, eu amo-te.

(...)

Disse eu, à muito tempo atrás, ingenuamente apaixonada.

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